29 de junho de 2025
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Decisão do STF em criar novo Município Gera Preocupações em Nova Ubiratã

Janaina Riva Propõe Intermediar Impasse Territorial para Pacificar e Possibilitar que Boa Esperança Tenha Eleições em 2024, Sem Mais Desgastes Judiciais
GERAL
sexta, 13 de outubro de 2023

A recente decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de criar o município de Boa Esperança do Norte trouxe alívio para seus moradores, mas também gerou preocupações em Nova Ubiratã, um município vizinho que se viu prejudicado pela divisão territorial. Enquanto a decisão do STF foi fruto de um processo legal e político longo e complexo, a questão que agora se coloca é como lidar com o impacto que irá acarretar em Nova Ubiratã.

 

Nova Ubiratã arcou com  cerca de 80% do novo território de Boa Esperança, o equivalente a aproximadamente 360 mil hectares, Essa mudança territorial representa um desafio significativo para Nova Ubiratã, uma vez que a área em questão desempenhou um papel importante em sua economia e recursos naturais. O município agora enfrenta a tarefa de se adaptar a essa nova realidade territorial e garantir que sua população e economia continuem a prosperar.

 

Os moradores de Nova Ubiratã expressaram suas preocupações quanto aos impactos econômicos, sociais e logísticos dessa divisão territorial. A redistribuição desigual de terras pode afetar a infraestrutura e a capacidade do município de fornecer serviços públicos essenciais, como educação, saúde e segurança. Além disso, a economia local pode ser impactada negativamente, uma vez que a área perdida era uma parte vital para a produção agrícola e o desenvolvimento econômico.

 

Nova Ubiratã, um município rico e próspero, fez investimentos substanciais em financiamentos de longo prazo para impulsionar seu desenvolvimento. Esses financiamentos sustentaram projetos importantes, incluindo a conclusão de 100% do asfalto da gestão anterior, com um investimento de 11 milhões de reais, bem como um financiamento de 8 milhões de reais da gestão atual na infraestrutura do Jardim Vitória II. Além disso, o município tem um hospital em fase final de construção, juntamente com o projeto de melhorias na entrada da cidade, um projeto de mais de 15 milhões de reais. A perda de grande parte de seu território prejudicaria significativamente a capacidade de Nova Ubiratã de cumprir esses compromissos e continuar com seus projetos futuros.

 

Em uma conversa com o site HiperNotícias, a deputada Janaina Riva disse "A partir do ano que vem agora, a Assembleia tem que cuidar dessa situação. Boa Esperança do Norte sai parte de Sorriso e muita parte de Nova Ubiratã.  Até conversei com o prefeito de Nova Ubiratã. A gente vai precisar chamar agora Boa Esperança e ver se a gente consolida o acordo que queríamos fazer antes, pra não inviabilizar Nova Ubiratã, porque perde ali quase 400 mil hectares. É muita coisa. E já tinha um acordo para isso cair pela metade, pelo menos"


Calebe Francio, um dos líderes de Boa Esperança do Norte que tem acompanhado essa briga judicial ao longo dos anos, conversou com o site ImpactoMT e expressou sua posição sobre a situação. Ele destacou que, embora tenham tentado buscar um acordo com Nova Ubiratã no passado, não conseguiram obter sucesso. No entanto, ele enfatizou que Boa Esperança do Norte está de portas abertas para receber Nova Ubiratã para o diálogo, buscando uma solução que beneficie ambas as partes e encerre o impasse de maneira amigável.

 


 O prefeito de Nova Ubiratã Neninho disse a importância de agir prontamente assim que a decisão do STF for homologada. Ele reconheceu que, como líder, tem a responsabilidade de buscar recursos para que Nova Ubiratã não fique inviabilizado devido à divisão territorial. Neninho está ciente de que o tempo é curto, mas destacou que já se reuniu com líderes de Nova Ubiratã e que Nova Ubiratã não é contra a emancipação de Boa Esperança, nunca foi.

 

Em uma conversa com o site ImpactoMT, Neninho disse que o impasse territorial precisa ser resolvido o mais rápido possível. Ele ressaltou que tem certeza de que pode ser encontrada uma nova medida territorial que beneficie ambas as partes. O prefeito está determinado a buscar uma solução que encerre o impasse de forma amigável, permitindo que ambas as cidades saiam beneficiadas desse processo, Neninho também ressaltou que irá fazer um pronunciamento de forma oficial pelas redes sociais da Prefeitura Municipal De Nova Ubiratã.

 

 Ari Antônio Basso, Presidente da Câmara de Nova Ubiratã, também se posicionou sofre poder colaborar nas negociações “me sinto preparado para intermediar, por meio do diálogo, um possível acordo entre Boa Esperança do Norte e Nova Ubiratã. Acredito que é fundamental olharmos para o futuro e considerar o que é melhor para ambas as cidades”

 

Buscamos também informações sobre a situação ao entrar em contato com o deputado estadual Dilmar Dal Bosco, o prefeito municipal de Sorriso, Ari Lafin, e o presidente da Câmara Municipal de Sorriso, Yago Mella ,os principais nomes da politica de Matogrosso envolvidos nesse imbróglio que dura mais de 20 anos, mas   até o momento da publicação desta matéria, não haviam dado retorno

 

Além disso, é importante notar que Sorriso, a cidade-mãe de Boa Esperança do Norte, nesta decisão do STF só iria arcar com 20% da área adquirida de Boa Esperança, uma decisão que convém para a capital do Agro.

 

Sorriso, conhecida como "Capital do Agro” é a maior produtora de soja do Brasil. No entanto, Nova Ubiratã, que é a segunda maior produtora do Mato Grosso, tem potencial para ultrapassar Sorriso nos próximos anos. Com a nova divisão territorial, Sorriso enfrenta o desafio de manter sua posição como líder na produção de soja, enquanto Nova Ubiratã busca consolidar seu crescimento.

 

O desenrolar dessa situação e as negociações em andamento continuarão a ser acompanhados de perto por todas as partes interessadas, na esperança de encontrar uma solução que beneficie tanto Boa Esperança do Norte quanto Nova Ubiratã e encerre esse impasse de forma satisfatória.


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TEXTO: Da Redação
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