16 de julho de 2025
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Emanuel Pinheiro dispara: "Cuiabá está sem prefeito"; ex-gestor defende contrato do rotativo e critica CPI

POLÍTICA
segunda, 7 de julho de 2025

Durante depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga o contrato do estacionamento rotativo em Cuiabá, o ex-prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) fez duras críticas à atual gestão municipal e saiu em defesa do acordo firmado em sua administração com a empresa CS Mobi. A sessão, realizada na Câmara de Vereadores nesta segunda-feira (7), foi marcada por declarações contundentes do ex-gestor, que acusou o atual prefeito Abílio Brunini (PL) de não ter assumido efetivamente o comando da capital. “Cuiabá não tem prefeito. Ele tomou posse, mas não assumiu. A cidade está à deriva”, afirmou Emanuel diante dos parlamentares.


O contrato em questão, firmado em dezembro de 2022, prevê investimentos iniciais de R$?650 milhões para implantação do sistema de estacionamento rotativo, com a possibilidade de chegar a até R$?1 bilhão ao longo de 30 anos, conforme estimativas da atual gestão. Emanuel rebateu as acusações de superfaturamento e falta de transparência, afirmando que todo o processo foi feito dentro da legalidade, com licitação pública, análise técnica e prazos definidos em contrato. Para ele, os atrasos na execução do projeto são normais e fazem parte da complexidade de obras urbanas.


Em tom provocativo, o ex-prefeito compareceu ao depoimento vestindo uma camiseta com a frase: “Quem não tem visão da casa pronta, não suporta obra”. A escolha do figurino foi interpretada como uma crítica direta à paralisação de projetos iniciados em sua gestão. Emanuel também sugeriu que a CPI tem caráter político e estaria sendo usada para desgastar sua imagem. “Querem transformar um projeto de mobilidade urbana em um circo político. Isso é um desrespeito com Cuiabá”, disse.


O relator da comissão, vereador Dilemário Alencar, rebateu os argumentos do ex-prefeito, comparando o contrato do estacionamento rotativo ao polêmico VLT, obra paralisada que se tornou símbolo de má gestão pública. Segundo ele, há indícios de que o contrato favorece a empresa em detrimento dos cofres públicos, o que justifica a investigação em curso. Apesar da tensão, Emanuel manteve sua posição e afirmou que a gestão atual está paralisada, sem projeto e sem liderança. “Fui prefeito com erros e acertos, mas com trabalho e compromisso. Hoje, Cuiabá está sem rumo. É isso que me preocupa”, finalizou.


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TEXTO: DA REDAÇÃO
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